sábado, 22 de setembro de 2012

Qual o sentido da vida?

Ultimamente, a minha cabeça tem andando muito agitada. Não sei se é porque eu amadureci, se é por frustração. Não sei mesmo! Toda hora me vem um milhão de pensamentos, envolvendo toda a minha vida em questão de segundos. Meu passado, meu presente e o meu futuro... Sinto uma dor no coração que eu não faço a mínima ideia de onde ela vem. É uma coisa sufocante, que me agoniza, até que eu começo a chorar.

Certamente, um dos motivos que me fez ter essa impotência com a vida é o capitalismo. Eu sempre soube a maneira que o capitalismo funcionava. Entretanto, eu, manipulada perfeitamente, não via a verdadeira problemática. Desde que esse modelo foi implantado, a individualidade e a ganância só veio aumentando, deixando todos nós cada vez mais supérfluos. Qual o meu verdadeiro valor? Quem sou eu? Não vejo mais o ser humanoo poder que esse ser humano tem.

Antes o meu maior sonho era ser bem sucedida... E o que vem a ser bem sucedida no Ocidente? Ter família (o marido, filho pequeno, filha adolescente rebelde), um trabalho "decente", um carro, um cachorro, e uma casa linda. APENAS! Se você tiver tudo isso até os seus 30, 40 anos... você é considerado uma pessoa feliz! Agora me diz... Onde entra o ser humano? Cadê os verdadeiros valores? Você é o que você TEM... E não o que você realmente É! Não sei se eu fico feliz ou triste em conseguir enxergar isso...  Pois conseguindo perceber tudo isso, a vida passa a não ter mais sentido. Pois se você for apenas o que você "é", você não é NADA nesse mundo. Enfim...

Ando em uma luta constante entre o meu eu interior e o meu eu exterior. Eu já me achei, já me encontrei, contudo ainda me vejo dando alguns deslizes.  Por exemplo, EU, LETÍCIA INTERIOR, quer ser de verdade uma simples bióloga que viaja conhecendo o mundo culturalmente. Já a LETÍCIA EXTERIOR quer dinheiro, para comprar sapatos caros e maravilhosos, roupas deslumbrantes, celular com Instagram, notebook, tablet, carro, e tudo que houver de desnecessário para uma pessoa. Como eu havia dito, eu já me encontrei, porém não sei me controlar! Se eu vou no shopping, e vejo uma roupa linda na vitrine, eu fico triste por não ter dinheiro para comprá-la. Logo após eu me sentir triste, eu fico mais triste ainda por ter achado aquilo legal, sabendo que aquilo não é legal e sim fútil...

Parece que eu estou totalmente maluca, mas eu nunca me senti tão lúcida em toda a minha vida. De fato estou realmente desequilibrada... Mas estou me esforçando cada vez mais para trazer a minha harmonia de volta junto com a clareza, a minha mais nova amiga. Espero que você consiga obter essa visão, pois você é uma pessoa e não um objeto!

3 comentários:

  1. Belo texto. Parabéns, continue escrevendo (:

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  2. Foda-se os valores da sociedade, viva o seu, faz a sua parte, para que fique bem e possa ajudar quem vc ama e quem te ama, isso é o que vale na vida... O amor é tudo, e o resto é resto, tendo ou não uma condição financeira estável, um carro, uma casa própria e mtas roupas, cabe a ti o que priorizar, conforto td mundo quer ter, a questão é saber diferenciar o que vc tem do que vc quer, o que realmente te faz bem, nesse mundo é preciso ter ganancia, infelizmente, cabe a ti direcioná-la ao caminho certo e não deixar subir a cabeça...

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  3. Oi Lelê,

    Parabéns pela excelente redação, gramática e, principalmente, pela demonstração de maturidade e experiência de vida precoces que tanto admiro em você. Peço que reflita sobre considerar deslize aquilo que vem de seu interior. Acredito que o embate entre corpo alma é parte integrante de pessoas questionadoras e inteligentes, sendo que a harmonia entre ambos (corpo e alma); em seu caso, ocorrerá com a maior leveza possível; considerando que muitos sequer conseguem alcançar tal harmonia. Oportunamente conversaremos. Mil beijos do tio seu fã.

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